O texto aborda a criatividade nas artes plásticas trabalhando conceitos dos autores Fayga Ostrower e Hannah Arendt sobre o tema, bem como a questão da criatividade e o aprendizado na arte contemporânea. Segundo o texto a criatividade ganha destaque quando aborda a identificação e a avaliação das habilidades e talentos artísticos, trazendo a tona questões como: O que é arte? ou qual a função da arte? Ou ainda, se o sujeito nasce com um “dom” ou pode trabalhar suas habilidades através de técnicas e/ou cursos.
Dentro destes questionamentos percebemos que a arte é necessária a todo ser humano e dela podemos nos inteirar que toda atividade artística é criativa, trabalhando assim a cognição do sujeito.
Nesta perspectiva, percebemos que a criatividade na arte pode se dar através de mitos ou ideologias, sendo assim, pode ser motivada por questões culturais, políticas ou econômicas. Onde o prestígio de uma obra de arte não se dá apenas pela genialidade de quem a produziu, pois a valorização da obra muda de acordo com a ‘função’ que a cultura onde ela esta inserida lhe atribui, ou seja, o valor de uma obra de arte traz consigo considerações da sociedade a que pertence.
O processo de criação da pré-história era vinculado a crenças, onde o intuito era retratar ritos ou deuses. Todo este processo era exercido por um xamã, a fim de repassar símbolos desta cultura.
Já na cultura oriental japonesa a arte esta associada às concepções filosóficas e religiosas e o artista é considerado uma pessoa com o potencial acima dos outros cidadãos.
Outra cultura onde vemos um aspecto diferente de arte é a do Renascimento, onde o gênio que é portador de habilidades e talentos, trazendo concepções estéticas carregadas de técnicas e conceitos tradicionais de arte.Com a modernidade surge a industrialização e a produção em série e o artista é visto como um profissional liberal que trabalha conforme a demanda.Nesta sociedade o observador é quem valoriza a obra de arte e o trabalho pode ser analisado a partir de três aspectos: o labor (cotidiano, repetição), o trabalho(intenção aos bens de consumo) e a ação (relações sociais, resultados de labor e trabalho).
Neste sentido, podemos concluir que na contemporaneidade a compreensão da arte se torna complexa devido a grande diversidade de produtos e criações apresentadas na mídia e daí voltamos ao início deste texto com os mesmos questionamentos: O que é arte? Qual a função da arte? E acrescentamos mais: Quando é arte?
MARIA DE FATIMA
KERLEY
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